O artigo amplia a reflexão sobre a implantação de redes e serviços de água e esgoto em Favelas do Rio de Janeiro. Políticas de introdução de redes-serviços de água e esgoto em Favelas têm sido implementadas desde 1995, apoiada por empréstimos de agências multilaterais, com contrapartida dos diferentes níveis de governo, e visam contribuir como um dos elementos para cumprir os Objetivos do Milênio e Agenda 21 local. Para a liberação dos recursos as agências exigem a aplicação de ideias-conceitos de governança, como coordenação e cooperação interadministrativa, e a participação dos moradores no processo. Os resultados apurados na pesquisa apontam que apesar de relativos avanços no acesso a água e esgoto, as ideias-conceitos de governança pretendidas não se afirmam na realidade, notadamente quanto a coordenação entre níveis de governo, e na participação da população como sujeito ativo. Por outro ângulo, se coloca uma reflexão sobre os limites entre esfera pública e privada porquanto caso tivesse existido uma introdução de fato de acesso a água e esgoto poder-se-ia caminhar para uma redefinição das esferas com uma acentuação do privado sobre a necessidade de se inserir no ´publico o que não aconteceu. Palavras-chave: Favelas, Rio de Janeiro, intervenções públicas, redes de água e esgoto, esferas pública e privada
O artigo apresenta resultados da pesquisa desenvolvida no Laboratório Redes Urbanas do IPPUR-UFRJ sobre a efetividade social na implantação de redes e serviços de água e esgoto em Favelas do Rio de Janeiro.Se analisa políticas de introdução de redes-serviços de água e esgoto em Favelas têm sido implementadas desde 1995, apoiada por empréstimos de agências multilaterais, com contrapartida dos diferentes níveis de governo,e visam contribuir como um dos elementos para cumprir os Objetivos do Milênio e Agenda 21 local. Para a liberação dos recursos as agências exigem a aplicação de ideias-conceitos de governança, como coordenação e cooperação interadministrativa, e a participação dos moradores no processo. Os resultados apurados na pesquisa apontam que apesar de relativos avanços no acesso a água e esgoto, as ideias-conceitos de governança pretendidas não se afirmam na realidade, notadamente quanto a coordenação entre níveis de governo, e na participação da população como sujeito ativo. Por outro ângulo, se coloca uma reflexão sobre os limites entre esfera pública e privada porquanto caso tivesse existido uma introdução de fato de acesso a água e esgoto poder-se-ia caminhar para uma redefinição das esferas com uma acentuação do privado sobre a necessidade de se inserir no ´publico o que não aconteceu.Como palavras-chave o artigo aponta: Favelas, Rio de Janeiro, intervenções públicas, redes de água e esgoto, esferas pública e privada.