O último número de Chão Urbano, em 2016, traz artigo que busca refletir de maneira reteirada o modelo de urbanização de Favelas no Rio de Janeiro para criação de acesso a infraestrutura de água e esgoto e a persistência de ausência e/ou precariedade e desigualdades, indagando se a efetividade social que poderia se pretender desta ação foi ou não alcançada.
Baseado em estudo de caráter qualitativo com trabalho de campo envolvendo entrevistas com moradores e observação técnica, tendo como escopo teórico central a ideia da infraestrutura como objeto com função social, para além de sua engenharia, o artigo anota a persistência de ausência e/ou precariedade de acesso/articulação a água e esgoto, fundamentais para uma vida urbana, assim como a não universalização de seu acesso. As intervenções configuram “ilhas” de serviços no interior de cada favela configurando uma desigualdade intra-pobres, onde se observa novas práticas e sociabilidades, constituindo um lugar semi-urbanizado.