Encerramento de Chão Urbano. Perda para o campo de Planejamento Urbano e Regional, para a academia e ciência brasileira! | Chão Urbano

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Encerramento de Chão Urbano. Perda para o campo de Planejamento Urbano e Regional, para a academia e ciência brasileira!

17/10/2024

Em atividade desde o ano 2000, a revista eletrônica Chão Urbano, indexada no ISSN e classificada no Qualis CAPES esta encerr ando suas atividades. Foram 24 anos de publicações com acesso livre, sem nenhum tipo de cobrança por editoração e publicação. 24 anos como fórum aberto e plural a todos os que se interessam pelos estudos e análises das questões que envolvem a tessitura dos territórios, seu planejamento e gestão. Acolhemos ao longo destas mais de duas décadas desde aqueles que se iniciavam nos estudos das diferentes problemáticas dos territórios , até os professores e pesquisadores em consolidação ou consolidados em suas trajetórias. Assim a revista foi um canal muito importante para todos sem distinção, se colocando como o espaço necessário para qualquer grau de desenvolvimento de estudos, face à onda de restrições cada vez maiores para publicações apenas em extratos elevados do Qualis CAPES. Uma publicação aberta, pluralista, de acesso livre e gratuito , que acolheu diferentes visões e narrativas sobre o território, notadamente sobre o caso brasileiro, mas também aberta e receptiva como foi a todos de todos os países Chão Urbano sempre incomodou interesses que entendem que o espaço editorial de publicações seja restrito a pesquisadores e grupos de pesquisa consolidados. Estes pesquisadores e grupos consolidados, que contam com o conjunto mais expressivo de recursos para atividades no campo do Planejamento Urbano e Regional não tem interesse que novos pesquisadores e grupos de pesquisa se afirmem. Chão Urbano representa o outro lado: o dos que lutam para obter espaço e recursos e terem onde publicar suas ideias e visões.

Em atividade desde o ano 2000, a revista eletrônica Chão Urbano, indexada no ISSN e classificada no Qualis CAPES esta encerr ando suas atividades. Foram 24 anos de publicações com acesso livre, sem nenhum tipo de cobrança por editoração e publicação. 24 anos como fórum aberto e plural a todos os que se interessam pelos estudos e análises das questões que envolvem a tessitura dos territórios, seu planejamento e gestão. Acolhemos ao longo destas mais de duas décadas desde aqueles que se iniciavam nos estudos das diferentes problemáticas dos territórios , até os professores e pesquisadores em consolidação ou consolidados em suas trajetórias. Assim a revista foi um canal muito importante para todos sem distinção, se colocando como o espaço necessário para qualquer grau de desenvolvimento de estudos, face à onda de restrições cada vez maiores para publicações apenas em extratos elevados do Qualis CAPES. Uma publicação aberta, pluralista, de acesso livre e gratuito , que acolheu diferentes visões e narrativas sobre o território, notadamente sobre o caso brasileiro, mas também aberta e receptiva como foi a todos de todos os países Chão Urbano sempre incomodou interesses que entendem que o espaço editorial de publicações seja restrito a pesquisadores e grupos de pesquisa consolidados. Estes pesquisadores e grupos consolidados, que contam com o conjunto mais expressivo de recursos para atividades no campo do Planejamento Urbano e Regional não tem interesse que novos pesquisadores e grupos de pesquisa se afirmem. Chão Urbano representa o outro lado: o dos que lutam para obter espaço e recursos e terem onde publicar suas ideias e visões. O campo de Planejamento Urbano e Regional tem passado por momento de um desvio importante : onde antes sua ideia central estava voltada para a interpretação e análise dos processos e dinâmicas que envolvem o território, agora se volta para a administração e gestão do mesmo. Essa nova visão chancela os ideais neoliberais de permanente reconstrução dos lugares, e a segregação socio-espacial e econômica aprofundando a desigualdade. Chão Urbano incomoda , sempre incomodou os interesses dos grupos consolidados da área ao ser um espaço aberto e plural. Encerramos as atividades mas não baixamos nossa cabeça que se manterá erguida na independência dos entendimentos plurais para a construção de um território com mais igualdade e distribuição mais equânime da riqueza.